Foto: Reprodução |
Um amigo do homem com quem a jovem Nayara da Silva, de 21 anos, manteve um relacionamento antes de ser morta, afirmou à polícia que Márcio Manoel dos Santos, que está foragido, contou a ele, no dia em que armou uma armadilha para a jovem, que a vítima estava grávida e que a pressionou para abortar, mas que ela teria se recusado a fazer o procedimento. A Polícia Civil investiga a veracidade dessa hipótese. O crime ocorreu em Itanhaém, no litoral paulista.
De acordo com novas informações confirmadas nesta quarta-feira (27), Márcio é casado e tem uma filha. Ele manteve o namoro com Nayara mesmo tendo outro relacionamento. Porém, ele e a jovem já haviam terminado quando ele armou o acidente que acabou a vitimando, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
A investigação conduzida pela equipe do delegado Bruno Mateo Lázaro, do 2º DP de Itanhaém, formada pelos investigadores Andreia Barnabé, Kátia Bento, Wendel Oliveira e o chefe William Zolotareff, apontou que Nayara não havia simplesmente sofrido um acidente, como familiares acreditaram inicialmente.
As diligências realizadas pelos policiais localizaram câmeras de monitoramento que mostram Nayara saindo com a moto do trabalho e sendo seguida pelo ex-companheiro, que dirigia o carro do amigo José Maurício da Silva Pereira, que também estava no veículo. Além disso, colegas de trabalho afirmaram que ele já havia sido gerente da mesma rede de supermercados em que a menina trabalhava, e que ela sofria constantes ameaças por parte dele.Após os policiais descobrirem que Márcio a seguiu e jogou o carro contra a motocicleta, provocando a queda da jovem e fugindo, eles localizaram José Maurício pela placa do veículo. Ele foi levado à delegacia e preso. Em depoimento, ele afirmou que o amigo disse a ele, enquanto esperavam Nayara sair do supermercado em que trabalhava, que a jovem estava grávida e se negava a fazer o aborto que ele pediu.
A investigação ainda não tem nenhuma confirmação dessa hipótese, já que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) foi emitido, mas não foi feito exame para gravidez. O documento só apontou os ferimentos que causaram o óbito.
Isso, segundo a Polícia Civil explicou por conta da pandemia da Covid-19. O IML não está fazendo análise de órgãos internos, a menos que a necessidade seja exemplificada no dia em que o corpo é levado ao instituto. Quando o corpo de Nayara foi recolhido, apenas acreditava-se na possibilidade de acidente, não se sabia da chance de feminicídio ou de ela estar grávida. O delegado definirá se algum outro procedimento será realizado para conseguir identificar se ela estava esperando uma criança.
Além disso, Márcio continua foragido, por isso, os investigadores ainda não ouviram sua versão sobre o ocorrido. De acordo com a polícia, todos os indícios indicam que o homem manteve um relacionamento abusivo com a jovem quando eles estavam juntos.
A família também afirma que não tem nenhuma informação de que Nayara estaria grávida antes de morrer. "A gente desconhece esse relacionamento e o fato dela estar grávida. Por isso, queremos que toda a verdade seja encontrada. Estamos aliviados que a justiça está sendo feita, e em saber que o caso foi esclarecido e acharam os culpados. Agora, estamos torcendo para que Márcio também seja preso", diz a tia Maria Aparecida da Silva Santos, de 52 anos. Do G1 SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário