Rússia ainda não confirmou uma data para iniciar imunização - FOTO: AFP |
A Rússia desenvolveu a "primeira" vacina contra o coronavírus, que provoca uma "imunidade duradoura", declarou nesta terça-feira (11) o presidente Vladimir Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo exibida pela televisão. A produção em massa começará em setembro. A vacina será distribuída em 1 de janeiro de 2021, de acordo com o registro nacional de medicamentos do ministério da Saúde, consultado pelas agências de notícias russas.
"Esta manhã, pela primeira vez no mundo, foi registrada uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin. "Sei que é bastante eficaz, que dá uma imunidade duradoura", completou.
Apesar do otimismo, a Organização Mundial de Saúde ressalta que ainda é cedo pra ver a substância com segurança. A OMS desconfia da falta de mais testes da vacina russa e questiona a falta de transparência.
A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Rússia foi batizada como "Sputnik V", em homenagem ao satélite soviético, anunciou o presidente do fundo soberano envolvido no projeto.
"Mais de um bilhão de doses foram encomendadas por 20 países", afirmou Kirill Dmitriev, antes de destacar que a fase 3 dos testes começará na quarta-feira.
Putin ainda anunciou que uma de suas filhas foi inoculada com a vacina. "Uma das minhas filhas tomou esta vacina. Acho que ela participou nos experimentos", disse Putin, segundo a agência Interfax, poucos minutos depois de anunciar a homologação.A Rússia é o quarto país com mais casos de coronavírus no mundo. São 897 mil confirmações da doença e mais de 15 mil mortes.
Brasil
CoronaVac
A vacina contra o coronavírus que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac com o Instituto Butantã, em São Paulo, segue progredindo para as testagens. As primeiras doses da CoronaVac serão aplicadas nesta terça-feira (21) em profissionais de saúde. No total, mais de um milhão de pessoas se inscreveram no site do Governo do Estado criado para recrutar voluntários, entretanto, apenas 9.000 serão selecionados para participar da fase 3 dos testes.
A vacina usa uma versão do vírus inativado, ou seja, não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização. Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe), no qual ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.
As pesquisas esperam que os resultados sobre os testes no Brasil saiam até dezembro. A depender da eficácia, a vacina poderá estar disponível até junho de 2021. As previsões mais otimistas sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus falam de um ano a um ano e meio para que ela fique pronta.Do JC
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