Foto de arquivo mostra ambulância — Foto: Safety Med/Cortesia |
Às vésperas do carnaval, os motoristas de ambulâncias que atuam na rede pública de Pernambuco entraram em greve, por causa da falta de pagamento de salários e direitos trabalhistas.
Eles mantiveram o atendimento a pacientes graves e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), mas reduziram para 30% a frota funcionando nos ambulatórios.
A greve é coordenada pelo Sindicato dos Condutores de Ambulância de Pernambuco (Sindconam) e começou às 23h30 da quarta-feira (15).
Segundo a entidade, há cerca de 360 condutores que atuam nos grandes hospitais do Grande Recife e nos hospitais regionais do estado, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Presidente do sindicato, o condutor Nilson José trabalha há mais de 20 anos dirigindo ambulâncias. Ele disse que, há cerca de cinco anos, algumas empresas que prestam serviço ao estado, que empregam os motoristas, não têm os contratos reajustados pelo governo.
"A situação é esdrúxula. As empresas conversaram com a gestão passada e disseram que haveria recomposição no fim de dezembro. Nada foi feito e, com essa gestão, não houve nenhum contato ou negociação. As empresas continuam sem receber a repactuação e não pagam os salários dos trabalhadores", afirmou o presidente.
O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para saber sobre a recomposição salarial da categoria e se há algum plano de contingência para a greve, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Nilson José também disse que, na quarta-feira (15), houve uma tentativa de contato com a SES, mas as empresas sequer foram atendidas.
"O governo está empenhado com carnaval e não se empenha
com os condutores de ambulância. Até motoristas de funerária têm uma legislação
específica e nós, não. Temos condutores com cinco anos de [Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço] FGTS zerado, sem receber o [Programa de Integração Social]
PIS", declarou.G1 PE
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