sábado, 30 de novembro de 2024

Justiça diz que há indícios ''sérios'' de participação de policiais civis em grupo de tráfico de drogas

 

Foto: Divulgação/PCPE

A Justiça de Pernambuco afirmou que há indícios “sérios” de que policiais civis estejam envolvidos na quadrilha “Os Gêmeos de Santo Amaro”, liderada por Bruno Teixeira de Oliveira e Thiago Teixeira de Oliveira. 


A Operação Blindados, instaurada nesta quinta-feira (28), mostrou a participação de policiais militares no grupo criminoso, mas, segundo a Justiça, existe a possibilidade de que a Polícia Civil esteja “ocultando” agentes da própria corporação.

No processo, a juíza Andréa Calado da Cruz afirma que há “indícios sérios de que a Polícia Civil possa estar deliberadamente ocultando agentes pertencentes a suas próprias fileira,s enquanto expõe de maneira ostensiva os agentes pertencentes à Polícia Militar”.

Ainda segundo a juíza, “tal conduta, caso confirmada, configura uma afronta direta aos princípios da legalidade e imparcialidade, que devem reger as ações das forças da segurança pública”.

No documento, a magistrada destaca que “a ocultação ou até mesmo a manipulação das operações de forma que favoreça uma instituição em detrimento de outra não será tolerada sob hipótese alguma. Tal comportamento fere a confiança pública nas instituições e compromete a credibilidade das ações das autoridades judiciais e policiais”.
 
O Diario de Pernambuco entrou em contato com a Polícia Civil e aguatda retorno. 

A operação

A segunda fase da Operação Blindados apontou a participação de policiais militares no grupo criminoso liderados por dois irmãos, que atuavam no tráfico de drogas e que teriam envolvimento com homicídios no Recife. 

O envolvimento dos PMs com a organização foi descoberto após a quebra de sigilo telefônico dos traficantes, alvos da primeira fase da operação, em janeiro deste ano.Os PMs investigados são José Tarcísio de Carvalho Pereira, Valter Mendonça de Azevedo, Rayner Thainan Ferreira Santos, Ivison Francisco Alves Júnior e Artur Luiz Silva Sampaio Cabral. Todos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça pernambucana.

As investigações apontam que policiais militares forneceram informações privilegiadas sobre membros da própria corporação e antecipando dados de operações policiais. Diário de PE

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